"Estamos reinventando o futuro, somos fragmentos do futuro em gestação, e o que mais nós necessitamos é de um público co-produtor, partícipe da cena, que leve para casa as idéias que o Teatro sempre soube tão bem insuflar nos espíritos educados para que estes possam contribuir para as transformações necessárias que nossa sociedade tem urgência de ver realizadas"

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A Maré Grande de Lulu



"Sem dúvida, existem mulheres com instinto de escrava, assim como homens; e as mulheres, como os homens, admiram os que lhes são mais fortes. Mais admirar uma personalidade forte e desejar viver sob o seu domínio, eis duas coisas muito diversas. Os fracos podem não ser adorados como heróis; mas nem por isso são malqueridos ou evitados; e parecem desconhecer a dificuldade de se casarem com pessoas boas demais para eles. Podem falhar nas emergências; mas a vida não é uma comprida emergência: é, principalmente, uma cadeia de situações que não exige nenhuma força excepcional, e à qual até pessoas muito fracas podem adaptar-se tendo um par mais forte para ajudá-las. Consequentemente, é verdade evidente em toda parte que as pessoas fortes, sejam homens ou mulheres, não só não se casam com pessoas mais fortes, como não mostram qualquer preferência nesse sentido ao escolherem os amigos.
Quando um leão se encontra com outro, dono de um rugido mais forte, "o primeiro leão acha que o segundo  é um chato". O homem ou mulher que se sente forte por dois, procura em seu par outras qualidades que não a força."

SHAW, Bernard. Pigmalião: Romance em cinco atos 1912. 2 ed. São Paulo. Ed. Edições Melhoramentos, 1955.
Tradução: Miroel Silveira 


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