"Estamos reinventando o futuro, somos fragmentos do futuro em gestação, e o que mais nós necessitamos é de um público co-produtor, partícipe da cena, que leve para casa as idéias que o Teatro sempre soube tão bem insuflar nos espíritos educados para que estes possam contribuir para as transformações necessárias que nossa sociedade tem urgência de ver realizadas"

terça-feira, 12 de março de 2013

Performance

Primeiro
Professor Pazzini é convidado a participar do Sarau do alunos do curso de Pós Graduação em Estética.

Segundo
Professor Pazzini convida o Grupo Cena Aberta integrar a participação dele.

Terceiro
Professor Pazzini nos telefona no dia marcado para o Sarau e diz que faremos uma performance, sem passar nenhuma outra informação.

Quarto
Professor Pazzini reúne alguns materiais com a nossa ajuda e continua sem nos dar nenhuma informação.

Quinto
Nos encaminhamos para o CCH (Centro de Ciências Humanas - UFMA) no auditório, montamos uma pequena estrutura de cenário com a orientação do Professor e em seguida assistimos a todas as apresentações, seríamos os últimos.

Sexto
Na nossa vez, não sabíamos absolutamente nenhuma informação sobre o que iríamos fazer a não ser pelas mínimas sugestões que o cenário revelava e o fato de que já sabíamos que tínhamos que ouvir as instruções dele antes de começar. Ficamos em pé diante do público, sem representar, Mestre Pazzini informou o público de que não sabíamos nada, tanto quanto o público. Depois ele nos passou indicações, quais eram os personagens de cada um de nós, inclusive o dele. Mandou que retirássemos todo o excesso de roupa na salinha do auditório e que quando saíssemos já estaríamos em situação de jogo.

Sétimo
O texto era de Heiner Müller, Primeiro Amor, quem dizia o texto era o Professor, todos os outros deveriam utilizar animais como base para movimentação corporal, os Guardas eram Cães, Victor era um tigre, e a Escrava uma galinha. O jogo se construiu a partir das ações da figura central representada por Pazzini, á partir dos estímulos impulsionados pelo texto e por sua movimentação corporal.

Esta experiência nos estimula quanto grupo e nossa relação em cena, estar disposto a encarar qualquer desafio faz parte da construção do ator que queremos ser, transpor barreiras do teatro convencional colabora com a nossa aproximação do público, cumprindo a função do “artista de performance que é basicamente um trabalho humanista, visando libertar o homem de suas amarras condicionantes, e a arte, dos lugares comuns impostos pelo sistema” (COHEN, Renato, 2004).





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